terça-feira, 10 de maio de 2016

Fibromialgia e seu meio tempo

Até hj, existem muitas pessoas intolerantes a dor alheia. Pessoas que acreditam ser melhores, ou mais fortes pelo simples fato de não sentir o que o outro sente.
Que uns nascem mais fortes que outros geneticamente, não tenho dúvidas. Porém, isso não  os identifica como super heróis, ou insuperáveis.
O quadro muda e o que seria a zebra pode se tornar o vencedor.
Nem sempre lidei muito bem com a minha dor, sei que ela existe, que eu a sinto, porém já fui levada a acreditar que era algo imaginário, ou que minha tristeza me causava. Mas muitas vezes eu me perguntei:
- Que diabos de tristeza é essa que me acomete na idéia dessas pessoas? Estou feliz hj, alguém pode avisar pras minhas pernas?
Não vou negar que qdo fico deprimida minhas dores se intensificam, mas quando não estou também tenho crises horríveis de dor.
Enquanto isso, sou esposa, mãe, costureira, e dona de casa. Sou muitas vezes o ponto referencial para a família, e me sinto muito feliz com isso.
Tenho tpm, e como tenho!?!?...
Stress, gripe, dor na coluna, cansaço de esforço. Não é sempre fibromialgia!!!
Mas, o pior de tudo... tenho tudo isso no meio tempo que ela me dá.
Então, tenho que aproveitar esses momentos, para dizer que estou bem. E mesmo com as dificuldades de outros problemas, conseguir brincar com os filhos, ajudar os amigos e familiares, cuidar da casa e dar atenção ao marido.
E eita área difícil de lidar, o marido.
Parece que as coisas nunca estão do jeito que a gente quer ou que eles querem, não é?!
Mas a gente corre atrás, da um passe pra cá outro pra lá e quando tudo começa a se ajeitar, ela aparece, sem dó nem piedade e nocauteia qualquer plano de rotina ou de constância.
Tenho então que lidar com várias dores, a minha literalmente, a dos filhos com medo, a do marido que as vezes parece se arrepender de ter me amado, e a dor de pessoas que por não se importarem comigo colocam seus fingimentos e rancores como base para duvidar da minha dor.
Acho que isso talvez possa interessar a alguém. Que tenha que lidar com sua dor ou a dor de que ama.
Bom, meus dedos estão adormecidos, rs. Acredite quem quiser!? Então, vou parando por aqui e prometo voltar! Até logo.

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